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Brasil está 100% livre de febre aftosa sem vacinação

Por Kariane Guerra em 06/05/2024 às 16:27:39

Foto: GComMT/Junior Silgueiro

O Brasil atingiu um marco histórico na sua pecuária ao anunciar oficialmente o fim da vacinação contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e parte do estado do Amazonas. A declaração foi feita pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na última quinta-feira, 2 de maio, em conjunto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, representando um avanço significativo no Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA).

Ao todo, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.

Essa conquista representa não apenas o fim de um ciclo de mais de 50 anos de vacinação, mas também a consolidação do Brasil como um país livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação. O anúncio foi realizado no anexo II do Palácio do Planalto, marcando uma nova fase na produção pecuária nacional.

O reconhecimento internacional desse status sanitário foi concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), destacando a qualidade da produção pecuária brasileira e a eficácia do Serviço Veterinário Oficial do país. Esse reconhecimento é resultado de um processo meticuloso que envolveu a implementação de zonas livres e a comprovação da ausência da doença por um período determinado.

O ministro Carlos Fávaro enfatizou a importância desse marco, destacando que o Brasil agora integra um grupo seleto de países com alto padrão sanitário, o que abrirá portas para mercados mais exigentes e lucrativos, como Japão e Coreia do Sul. Além disso, a cessação da vacinação trará uma economia direta de mais de R$ 500 milhões em custos de aplicação da vacina.

Para o vice-presidente Alckmin, esse é um dia histórico para o Brasil, que há tempos aspirava alcançar o status de país livre de febre aftosa sem vacinação. Ele ressaltou que essa conquista não só elevará o preço das exportações como também garantirá o acesso a mercados mais exigentes e rentáveis.

A trajetória até esse ponto foi longa e demandou esforços coordenados entre diferentes instâncias governamentais e setores da sociedade. Desde a última ocorrência da doença em território nacional, em 2006, o Brasil implementou medidas rigorosas para erradicar a febre aftosa e fortalecer sua posição como líder mundial no comércio de proteína animal de forma sustentável.

Agora, ao consolidar-se como um país livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil reforça sua posição no mercado internacional, aumentando a confiança dos consumidores e parceiros comerciais na qualidade e segurança dos produtos de origem animal brasileiros.


"Atualmente, Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do Brasil. Além disso, possuímos as melhores genéticas e comércio de matrizes e reprodutores puros de origem (PO), por isso, termos esse reconhecimento nacional para o País todo é um grande avanço na pecuária. O reconhecimento internacional também é algo que desejamos para todos os produtores de Mato Grosso", enfatiza o presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr.

O trânsito de Bovinos e Bubalinos está liberado, exceto para os estados que já receberam o reconhecimento Internacional da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal). São eles: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rondônia e Acre. Além disso, o município de Rondolândia e algumas propriedades de Juína, Colniza, Comodoro e Aripuanã, possuem o status internacional.

O próximo passo é buscar o reconhecimento oficial pela OMSA, previsto para agosto de 2024. Se aprovado, o resultado será anunciado em maio de 2025 durante a assembleia geral da entidade. Esse reconhecimento permitirá que os produtos pecuários brasileiros tenham acesso facilitado aos mercados mais exigentes do mundo, impulsionando ainda mais o setor.

Fonte: Estadão Mato Grosso

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