O primeiro levantamento das intenções de confinamento, realizado em abril, fechou em 724,90 mil animais no cocho. Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a perspectiva representa um aumento de 51,09% em relação à projeção inicial em 2023 e, de 30,57% no comparativo total de animais confinados em outubro.
Essa alta nas intenções de confinamento, apesar das incertezas quanto aos preços do boi gordo, se deve ao aumento no poder de compra dos confinadores, tanto dos insumos quanto do ágio do boi magro.
A pesquisa mostra que 74,14% dos entrevistados já haviam decidido realizar a terminação em confinamento. Pela primeira vez, segundo o Imea, o percentual de confinadores superou a marca de 70%, no primeiro levantamento. Para este período, 18,97% dos pecuaristas decidiram não confinar e 6,90% ainda não se decidiram.
Apesar do maior interesse dos pecuaristas em fechar a boiada no confinamento e do menor custo de produção, a baixa lucratividade foi a principal preocupação entre os pecuaristas. Isso se deve, ainda, em função da intensa desvalorização nos preços do boi gordo ao longo dos últimos dois anos.
A previsão de envio de animais para abate se mantém concentrada no segundo semestre do ano, com 57,27% do total de gado projetado para engorda em confinamento ao longo de 2024. Esses animais serão enviados para as indústrias entre os meses de julho e dezembro. O destaque é para novembro deste ano com 10,39% do total confinado no ano, presente nas indústrias.
Com a redução no preço médio dos insumos, o custo da diária caiu para R$ 12,21 por cabeça ao dia. Essa diminuição de preço representou o menor custo registrado nos últimos três anos, quando comparado com o mesmo período que fechou em R$ 15,86 por cabeça ao dia em 2021.
A diminuição foi impulsionada pela maior desvalorização nos preços do milho em relação ao boi gordo, favorecendo a relação de troca do pecuarista.
Considerando os preços médios de abril deste ano, a relação de troca entre os produtos ficou em 5,95 sacas de milho por arroba de boi gordo, retornando aos patamares vistos em 2019 (5,98 sacas de milho por arroba do boi gordo).
Fonte: Canal Rural MT