Já na comparação entre 2022, quando os insumos alcançaram seu pico, e 2024, houve uma redução média de 51% nos custos. O MAP, que chegou aos R$ 7.161, em 2022, teve uma redução de 46,16%, para R$ 3.855. Porém, esse valor ainda é muito superior ao registrado antes da pandemia, encarecendo os custos ao produtor.
O Brasil está entre os países que mais demandam fertilizantes, ocupando o quarto lugar no consumo de NPK, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). O Brasil importa cerca de 80% dos fertilizantes utilizados no país e produz cerca de 20%, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA, 2023).
A pequena produção é um dos fatores que corroboram pelo pagamento de valores elevados, até mesmo pelo fato de 80% da produção global de fertilizantes estar concentrada em seis países, são eles: China, Rússia, Estados Unidos, Bielorrússia, Canadá e Marrocos, de acordo com dados da International Fertilizer Association (IFA).
Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar teve peso significativo no custo dos fertilizantes, além da disparada da taxa Selic, a taxa básica de juros, que saiu de 2% em março de 2021 para 13,75% em setembro de 2022. O cenário começou a mudar a partir de 2023, quando o dólar começou a ceder, assim como a inflação, permitindo a redução da Selic.
"O pico de preços de fertilizantes importados para safra 2021/22 começava a reduzir numa média de 35% em 2023 quando comparados ao ano anterior. Essa redução tem ocorrido a passos lentos, até mesmo no primeiro trimestre de 2024, pois ainda estão muito além dos valores pré-pandemia", destaca as Comissões da Aprosoja-MT.