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CONAB divulga 7º estimativa da safra de grãos 23/24 que segue em queda

O número é 8% menor do que a safra 22/23 ou 25,7 milhões de toneladas abaixo do obtido.

Por Kariane Guerra em 23/04/2024 às 14:58:15

Foto: Canva

Em 11/04 a CONAB divulgou sétima estimativa, para a safra 2023/24, com as informações obtidas na pesquisa de campo, realizada na última semana de março, indica um volume de produção de 294,1 milhões de toneladas, 8% ou 25,7 milhões de toneladas abaixo do obtido em 2022/23.

A quebra de 25,7 milhões de toneladas, se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa no comportamento climático, desde o início do plantio, às fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país.

Os estados das regiões do Matopiba, Centro-Oeste e parte da Sudeste do país foram afetados pela falta de chuvas e altas temperaturas, e excesso de chuvas na Região Sul, gerando atraso no plantio, principalmente da soja. É importante citar, que um percentual significativo dos plantios da oleaginosa, realizados a partir da primeira quinzena de setembro, passou por replantios, pois as chuvas no período foram escassas e mal distribuídas. Nos plantios realizados mais tarde, com a normalização climática, o potencial das produtividades destes plantios ficou dentro da normalidade.

Comparativamente à previsão anterior, divulgada no início de março, observa-se uma redução na produção de 0,5%, correspondendo a 1,52 milhãode toneladas, com as maiores reduções observadas no milho, 1,79 milhão de toneladas, e soja, 336,7 mil toneladas. Por outro lado, o feijão, arroz, algodão, gergelim, sorgo e o trigo apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao último levantamento.

A área semeada, ainda não concluída na presente safra, estimada em 78,53 milhões de hectares, corresponde a um crescimento de 0,5% sobre à do levantamento anterior. Lembramos que as áreas das culturas de verão de primeira safra já estão consolidadas, as de segunda safra em processo final de plantio e as de terceira safra, juntamente com as de inverno, com plantios a partir de meados de abril.


ALGODÃO

Para a presente safra, o crescimento expressivo de 16,3% na área semeada, passando de 1.663,7 mil hectares para 1.935,5 mil hectares, é justificado principalmente pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras, predominando os estádios de floração e formação de maçãs.


MILHO


Produção estimada em 110,96 milhões de toneladas, redução de 15,9% ou 20,9 milhões de toneladas. O cultivo de primeira safra, com produção estimada em 23,36 milhões de toneladas, predomina as fases de enchimento de grãos e maturação, e 51% colhido em 8 de abril. Durante o ciclo, as lavouras passaram por situações adversas, como elevadas precipitações nos estados do Sul do país e baixas pluviosidades no Centro-Oeste, acompanhadas pelas altas temperaturas, são os principais fatores que impactaram negativamente a área e a produtividade. Para a segunda safra, estima-se a produção em 85,62 milhões de toneladas, a área se encontra com 99,5% semeada em 8 de abril, a terceira safra, com a semeadura a partir de abril, está estimada em 1,99 milhão de toneladas.


SOJA

A estimativa de produção é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior. Comparativamente à estimativa do segundo levantamento, divulgada em novembro, quando se esperava uma produção de 162,42 milhões de toneladas, temos uma redução de 9,8% ou 15,88 milhões de toneladas. Tal redução se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste, ocasionando atraso do plantio e perdas na produtividade. A colheita avança para a sua conclusão nos principais estados produtores, atingindo 76,4% em 8 de abril.

Fonte: CONAB

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