AGROFRATER

Governador de MT, Mauro Mendes, ameaça endurecer contra empresas caso não haja flexibilização

Moratória restringe a compra de soja de produtores de MT que desmataram ainda que em áreas legais

Por Kariane Guerra em 22/04/2024 às 14:44:05

O governador Mauro Mendes, que falou sobre moratória da soja adotada por empresas. Foto: SECOM/MT

O governador Mauro Mendes (União) voltou a fazer criticas as empresas que têm aderido à moratória da carne e da soja, que tem prejudicado produtores da agropecuária de Mato Grosso.

O governo não vai fazer nada ilegal, não vai trazer insegurança jurídica para as relações, mas "pau que bate em Chico, bate em Francisco"

A moratória restringe a compra de soja e carne de produtores mato-grossenses que desmataram áreas, ainda que legalmente, a partir de 2008. Algumas empresas exportadoras têm adotado a prática por pressão de países da Europa.

O Governo de Mato Grosso, segundo Mendes, estuda algum mecanismo que a morotaria não seja mais usada contra o agro mato-grossense. Ele apontou que o Código Florestal brasileiro permite o desmate de áreas legalmente.

"O governo não vai fazer nada ilegal, não vai trazer insegurança jurídica para as relações, mas "pau que bate em Chico, bate em Francisco". Existe uma lei no País que diz o que pode e o que não pode", disse.

"Eles, como empresa, são obrigadas a cumprir essa lei. Eles não podem inventar uma lei deles e querer vir impor para nós. Se eles respeitarem nossas leis, serão respeitados, se desrespeitarem vai nos dar o direito de agir de uma forma um pouco mais dura com eles", emendou.

A declaração foi feita nesta semana à imprensa, quando Mendes esteve na abertura da feira agropecuária em Sinop (a 480km de Cuiabá), Norte Show.

Diálogo

Mendes disse que se reuniu nesta semana com representantes das empresas cobradoras das commodities.

"Estamos conversando, dialogando. Mas já disse lá atrás: se não houve uma flexibilização dessas regras, o governo vai endurecer o tratamento e as relações com essas empresas", afirmou.

Ano passado, Mendes afirmou que tentaria um acordo com as empresas e se elas continuassem com o "boicote", encaminharia um projeto de lei ao legislativo para retirar o incentivo fiscal.

"Se não tivermos um acordo, vamos enviar uma lei para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso que retira os incentivos fiscais das empresas signatárias da moratória aqui no Estado. E vamos fazer um debate no Congresso Nacional para mostrar esse desrespeito", disse à época.

Fonte: Midia News

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