Parasitas de plantas, os nematoides prejudicam o sistema radicular, o desenvolvimento e absorção de água e nutrientes nas plantações. Invisíveis aos olhos, pois se alojam nas raízes das culturas, essas pragas têm efeito direto na produtividade.
Atualmente, os sojicultores são os que mais efetuam esse controle: de acordo com dados da pesquisa Farmtrak, da Kynetec, 26% da área de soja, na safra 2023/24, recebeu algum tratamento para nematoides. Esse percentual representa 17 milhões de hectares, sendo que 14 milhões foram com produtos biológicos.
"O manejo para nematoides tem que ser integrado, contínuo e considerar todo o sistema de cultivo. Os bionematicidas são os mais adotados para o controle de nematoides devido à eficiência dessas soluções no campo e, também, pelo custobenefício e retorno sobre o investimento ao produtor rural", diz Fábio Lemos, gerente de culturas e portfólio da FMC.
No Brasil, os produtores do Cerrado são os que mais adotam as soluções biológicas. Cerca de 40% da área tratada é feita com esse tipo de controle, aliado às boas práticas culturais. No entanto, na região Sul, outra importante área de plantação de soja, o controle para nematoides é menor que 10%, apresentando grande oportunidade para melhoria da produtividade e saúde do solo.
"É importante não subestimar o impacto dessas pragas. Adotar práticas de manejo é fundamental para conseguir uma colheita produtiva. Ao investir em um bionematicida, o agricultor protege a produtividade da lavoura, enriquece a microbiota do solo e melhora a saúde das plantas, promovendo um ambiente agrícola mais sustentável e equilibrado".
Na sojicultura, o nematoide-das-galhas (Meloidogyne incognita) é um dos mais prejudiciais, pois suas deformações reduzem a capacidade das raízes de absorver nutrientes e água, resultando em plantas enfraquecidas e menos produtivas. Em infestações severas, as perdas no campo podem chegar a 50% ou mais da produção.
O nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus) também é muito relevante, pois penetra nas raízes e causa lesões que facilitam infecções secundárias de doenças de solo. As plantas afetadas apresentam crescimento reduzido e menor eficiência na absorção de nutrientes, o que pode impactar negativamente de 30% a 50% a produtividade da lavoura.
Fonte: Mato Grosso Econômico