- 14,5% das operações de crédito foram emitidas ANTES do registro de embargo por uso ilegal de fogo.
- 116 dos 122 imóveis rurais financiados e com embargo por uso ilegal de fogo na Amazônia queimaram pelo menos uma vez em 6 anos. Juntos, eles somam uma área queimada equivalente a 1,8X o tamanho de Paris.
- 7 dos 11 imóveis rurais financiados e com embargo por uso ilegal de fogo no Cerrado queimaram pelo menos uma vez em 6 anos.
Outro problema identificado no levantamento é a impunidade dos infratores ambientais: apenas 0,1% das multas ambientais associadas ao uso ilegal de fogo nas propriedades mapeadas no estudo foram quitadas. Ou seja, de mais de R$ 57 milhões (R$ 57.807.654,00) em multas aplicadas, apenas cerca de R$ 95 mil (R$ 95.835,50) foram pagos.
"Enquanto o Brasil está em chamas e sob fumaça, os bancos seguem financiando o agro destruidor, que utiliza o fogo ilegalmente. Pautados pela recorrência do uso do fogo e pela impunidade, esses infratores ambientais acumulam milhões de reais em multas, quase nunca pagas", alerta a coordenadora de Florestas do Greenpeace Brasil, Cristiane Mazzetti "Se as pessoas comuns que tentam obter financiamento no banco para comprar uma casa, por exemplo, passam por uma extensiva análise, por que fazendeiros que incendeiam suas áreas e contribuem com a emergência climática não passam por essa análise?", completa.